terça-feira, 31 de maio de 2011

Summer Wars

Acabei de assistir ao filme Summer Wars, e adorei!!


Achei muito legal, pois é uma aventura em que o destino do mundo está nas mãos de alguns garotos, mas não tem nada de super poderes nem universo alternativo, é no nosso mundo real como nós o conhecemos, algo que poderia realmente acontecer ^^

Um I.A. perdeu controle e está hackeando tudo em OZ, um mundo virtual tipo Second Life, desestabilizando tudo o que é interligado online no mundo real, causando muitos acidentes, muitas pessoas feridas e tal, e quem consegue derrotar esse I.A. chamado Love Machine é um garoto fera em matemática, outro garoto campeão mundial em lutas virtuais, e uma garota que joga MUITO bem um jogo de cartas japonês que eu esqueci o nome XD~ E o melhor: é apenas um filme curto! Nada de sagas infinitas! O filme é de 2009 e quase concorreu ao Oscar de animação, e os três volumes do mangá foram lançados pela JBC.


Aqui um resumo:

Temos aqui mais um daqueles protagonistas com nenhuma auto-estima, Kenji Koiso, que vive repetindo para si mesmo que nada do que ele faz dá certo; quando na realidade ele é um gênio com números, que por pouco não representou o Japão nas Olimpíadas de Matemática. Ele também realiza serviços de baixa dificuldade na manutenção do sistema OZ, uma espécie de Second Life que deu certo, onde praticamente todas as operações financeiras, legais, políticas e práticas do dia-a-dia são realizadas. Kenji é convidado pela garota mais popular da escola, Natsuki, para ajudá-la numa viagem, cujo objetivo ele desconhece. Lá, ele é apresentado à matriarca da família, Jinnouchi Sakae, como namorado e futuro noivo de Natsuki, e entra “de gaiato” na importantíssima reunião de família do clã dos Sakae.

Até aí temos uma comédia romântica padrão, com seus desentendimentos, reviravoltas e paixões platônicas que já estamos acostumados a ver; nenhuma surpresa. Mas a história cresce quando Kenji recebe o desafio de quebrar um código, sem saber que este é o código de segurança de OZ, abrindo caminho para um vírus chamado Love Machine engolir contas de usuários de todo o sistema, e bagunçar a vida dos cidadãos do Japão (e provavelmente do mundo, apesar do mangá não abordar outros lugares) ao enlouquecer sinais de trânsito, fazer chamadas de emergência para a polícia e os bombeiros, entre outros problemas, gerando caos por todo o país. Kenji é, claro, declarado suspeito, e a guerra contra a Love Machine começa.

Com esse background seria fácil criar mais um ‘Digimon’ genérico, e mostrar batalhas virtuais contra o vírus, e grandes explosões de poder, mas Summer Wars prefere uma abordagem mais relevante. Me parece que Summer Wars, na verdade, é um olhar sobre a família japonesa. A família de Natsuki é uma daquelas tradicionalíssimas famílias de samurais; muitos membros se orgulham de que, um dia, sua família defendeu o clã dos Takeda. Ao mesmo tempo, temos o garoto Kazuma, que não liga nem um pouco para a reunião ou a tradição, e se concentra em seu personagem/perfil em OZ, King Kazma. Existem as velhas rixas entre a “família principal” e a “segunda família”; o preconceito com o filho bastardo, remanescente de antigos costumes, mas que hoje parecem deslocados; todos elementos que culminam no que, para mim, é o grande tema de Summer Wars: o velho vs. o novo, a tradição vs. os novos costumes.


Quando a crise estoura em OZ, por exemplo, a solução achada pela matriarca, símbolo da tradição, mas, curiosamente, uma das mais tolerantes com os novos costumes, é apelar para o bom e velho telefone para entrar em contato com sua família, que penetrou em todas as áreas da vida japonesa, da polícia ao corpo médico (no entanto, me parece estranho que as linhas telefônicas nao sejam controladas por OZ). Ou seja: quando o virtual não funciona, a solução é o contato direto com as pessoas, ouvir a voz verdadeira do seu próximo, fazer o que muitos hoje deixaram de lado: o contato humano “real”.


Ao mesmo tempo, o garoto Kazuma demonstra uma certa mágoa com o orgulho que a família tem de seus membros proeminentes na sociedade, e parece querer que também se orgulhem dele, já que ele é o melhor do mundo nas lutas virtuais, que ele classifica como esporte.

FONTE

Tenham um bom dia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário